Fortaleza quer reforçar sua imagem como destino turístico internacional - já é uma das cidades líderes em receber visitantes do País. Para isso, conta com a Copa de 2014. O Governo do Estado e a Prefeitura ainda não divulgaram os valores que serão investidos em infraestrutura. Os custos de viabilidade devem ser informados nas próximas semanas. O secretário estadual do Esporte, Ferruccio Feitosa, garante, porém, que 50% das obras necessárias em Fortaleza já estão em andamento.
"São melhorias em transporte, trânsito, segurança, saúde, telecomunicações, energia e saneamento básico, que ocorreriam independentemente da Copa." A cidade receberá um sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLTs) e a conclusão da linha de Metrô. Feitosa avalia que Fortaleza está muito próxima do que o caderno de encargos da Fifa exige. "Temos diferenciais", afirma. "Nosso estádio está muito próximo do aeroporto e dos hotéis. Temos dois hospitais de referência a 4 km do Castelão." O secretário também considera a questão da segurança pública sob controle e espera a realização da Copa 'Carbono Zero'. Até 2010, o Estado do Ceará deve se tornar autossuficiente na geraação de energia limpa.
O setor hoteleiro é que supera as exigências da Fifa. São 20 mil leitos (a entidade recomenda de 4 a 6 mil por cidade-sede), que serão ampliados até 2010, com a inauguração de três resorts. A capital cearense também pretende contar com transatlânticos em seus portos, que podem virar hotéis flutuantes. O acesso à cidade é um dos trunfos: próxima a Europa, recebe voos do outro lado do Atlântico após viagens de 6h30. As obras no Castelão estão orçadas em cerca de R$ 400 milhões. Inaugurado em 1973, ele está em boas condições: tem camarotes climatizados, todos os 56 mil lugares numerados e bares panorâmicos, entre outras características dos estádios ditos "modernos". Para se adequar às exigências da Fifa, precisará ampliar o número de vagas de estacionamento e as instalações para a imprensa.
A reforma deve começar no segundo semestre de 2010, e durante o trabalho os grandes clubes do Estado devem jogar no outro estádio da cidade, o Presidente Vargas, no qual cabem cerca de 20 mil torcedores e que também passará por uma reforma, ao custo de R$ 54 milhões.(AE)