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Rio de Janeiro

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Forte injeção de adrenalina e a gostosa sensação de superação de limites
O Pão de Açúcar
Por: Próxima Viagem
Você corre alguns metros ao lado de um estranho, a quem está confiando sua vida, tira os pés do chão e se solta no espaço. Lá embaixo, a grandeza da Floresta da Tijuca e a imensidão do Oceano Atlântico, representado pela São Conrado e pelas ilhotas que pingam aqui e ali. Quando a respiração começa a entrar nos eixos, dá para reparar também nos campos de golfe, nas mansões e na beleza imponente da Pedra Bonita, da Pedra da Gávea e do Morro dos Dois Irmãos. Dá até para vislumbrar o resto: a Barra da Tijuca mais ao sul e, do outro lado, o Leblon, o Corcovado e Ipanema. Mas, quando você menos espera, já está chegando ao chão, colocando os pés na Praia do Pepino. Passaram-se cerca de dez minutos, ou pouco mais, mas a sensação é de que o vôo durou apenas alguns segundos. O vôo livre na Pedra Bonita oferece, além de uma forte injeção de adrenalina — seguida por uma gostosa sensação de superação de limites —, uma visão toda particular desse trecho do Rio de Janeiro. Surgem detalhes visíveis apenas do alto, e nessa proximidade. Dá para reparar nos cortes na rocha da Pedra da Gávea, nos pássaros na copa das árvores da floresta. Tanto a asa-delta como o parapente, os dois veículos no qual é possível fazer o vôo duplo, desliza suavemente, deixando que asas protejam da força da gravidade. A diferença principal entre os dois é que na asa-delta o instrutor de vôo e o acompanhante ficam deitados, de bruços; já no parapente, os dois voam sentados.
Vôo da Pedra Bonita
Ver o Rio de Janeiro do alto é possível também de helicóptero, num passeio bem mais caro — e também mais longo e personalizado. Mas há aqueles que, mesmo com um cartão de crédito ilimitado, preferem a aventura do vôo duplo também por sua aura nostálgica. O vôo da Pedra Bonita é o mais antigo do Brasil (a primeira asa-delta saiu dali em 1974) e está na memória de todo brasileiro que viveu os anos 80 e assistiu às aventuras de Juba e Lula na série de TV Armação Ilimitada. A sensação de liberdade transmitida na televisão continua valendo — e também o frio no estômago. Carlos Millan, instrutor da Escola 4 Ventos, acompanha há catorze anos os segundos mais ansiosos da vida de muita gente. "A maior tensão acontece mesmo na decolagem", conta. "Mas, durante o vôo e depois do pouso, ã sensação de ter vencido o medo é de vitória." Em tempo: procure sempre um instrutor filiado à Associação Brasileira de Vôo Livre para garantir a segurança da aventura.
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