Thais Hernandes | |||||
A V Reunião de Ministros de Estado de Turismo do Mercosul, que acontece de 20 a 23 de outubro, no hotel Marriot, em Copacabana, abordou hoje os seguintes temas: a integração dos países do bloco por meio de maior conectividade aérea sul-americana, a promoção internacional, especialmente através do projeto de promoção turística do Mercosul no Japão, e o cenário econômico mundial e seus impactos para o turismo da América do Sul. Estavam presentes o ministro do Turismo Luiz Barretto, o subsecretário Nacional de Turismo da Argentina, Daniel Pablo Aguilera, a ministra do Turismo do Paraguai, Liz Rosanna Campos, o diretor geral do Ministério do Turismo do Uruguai, Antonio Carambula, o diretor Nacional do Serviço Nacional de Turismo do Chile, Oscar Santelices, a secretária executiva da Comissão Presidencial do Mercosul, Luís Laya, entre outros representantes destes países. A aviação regional foi um dos destaques. "Tam e Gol sufocam a possibilidade de viabilidade econômica das empresas regionais", ressaltou Luiz Barretto, ministro do Turismo do Brasil. "Sem o fortalecimento da aviação regional, estamos fadados a somente trabalhar os destinos conhecidos", acrescentou, dizendo ainda que o país está estagnado em 140 pontos (destinos). "Não temos vôos ligando duas capitais brasileiras como Teresina e Fortaleza, por exemplo. Precisamos ir a Brasília ou São Paulo para chegar a uma das cidades aumentando o tempo de vôo em cerca de três horas", criticou. O ministro disse ainda que Tam e Gol poderiam operar as linhas deficitárias como um papel social. Segundo Barretto, o MTur está discutindo políticas alternativas: "Com o BNDES estamos vendo a possibilidade de um financiamento de aviões usados para as empresas regionais. A diferenciação no preço do combustível é uma outra forma de viabilizar economicamente essas companhias aéreas", afirmou. O ministro apresentou também aos representantes do Mercosul o paradoxo em que vive o Brasl: "As companhias aéreas brasileiras não conseguem comprar aviões da Embraer, que é uma empresa brasileira, por causa dos impostos", disse. Ele citou ainda que no Brasil o máximo de capital estrangeiro que uma empresa aérea pode ter é 20%: "O proprietário da Azul tem nacionalidade americana e brasileira, por isso conseguiu abrir a empresa aérea no Brasil", lembrou. José Luiz Cunha, diretor de Turismo e Lazer e Incentivo da Embratur, também presente na reunião, ressaltou que a política de céus abertos, como acontece no Chile, não poderia ser feita no Brasil: "As companhias brasileiras não têm grau de competição tanto pela alta taxa de impostos como pela legislação trabalhista". Ele defendeu ainda a ajuda pública para viabiliazar por meio de subsídio as empresas aéreas privadas de pequeno porte. "Assim, como, com a crise, os governos estão ajudando os bancos", finalizou. A reunião prossegue na tarde de hoje com o tema Promoção. |