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Leste Oeste: ainda em fase de conclusão, a estátua de Santa Edwiges já é ponto de atração e visitação (Foto: J. Luís)
A estátua de Santa Edwiges, próxima à igreja que leva seu nome, tem previsão de ser inaugurada amanhã
Orações, promessas, choros e velas. Esse é o cenário que se forma com constância em três pontos da cidade onde já existem ou se encontram em construção estátuas de santas. E não é só isso, além de ratificarem o intenso sentimento de religiosidade do povo cearense, independentemente de qualquer julgamento estético, o fato é que as estátuas de Nossa Senhora de Fátima, N. Senhora da Assunção e de Santa Edwiges intensificam o comércio e o turismo em seu entorno.
A primeira estátua do gênero foi concluída em 13 de agosto do ano passado, no Conjunto Nova Assunção, na periferia da Capital, tem 13 metros de altura e é uma réplica da imagem da santa, em cedro, vinda de Portugal. “Depois da estátua, aumentou muito a movimentação de pessoas na paróquia e a fé dos fiéis”, informa a sacristã, Margarida dos Santos Xavier.
Crescimento da visitação de fiéis é pouco para definir o quadro que hoje se forma, todos os dias, na Praça Pio IX, em frente à Igreja de Fátima, na Avenida 13 de Maio.
Depois da inauguração da estátua, com 15 metros de altura, não cessou mais a visitação no local. Ali, os fiéis depositam ex-votos em agradecimento ao alcance dos mais diferentes tipos de promessa. Além disso, favoreceu o comércio ambulante e fomentou a visitação de turistas que páram, fazem fotos e, claro, orações.
Ainda em fase de conclusão, a estátua de Santa Edwiges — próxima ao Altar do Milênio e à igreja que leva seu nome, na Avenida Presidente Castelo Branco (Leste-Oeste) e com previsão de ser inaugurada amanhã — é um monumento que já altera a paisagem do local. Isso porque já é ponto de atração e visitação.
“Num mundo tão violento, essas imagens representam um fio de esperança e de fé”, enaltece a enfermeira Maria Regina Vieira, ela própria mais devota que já se acostumou a visitar aquela área.
Para a socióloga Peregrina Capelo, antes de qualquer análise, é preciso refletir que “a religiosidade é um fator importante para compreensão da história do Brasil”. E foi essa religiosidade que fez se proliferar, em vários estados do País, a construção de lugares que são santificados pelas pessoas.
O fenômeno que vem ocorrendo em Fortaleza onde existem as imagens das santas, para a socióloga, é muito semelhante ao que acontece em Canindé, onde está a imagem de São Francisco, e em Juazeiro, com a adoração à estátua de Padre Cícero. “Essas imagens, mais que elementos de fé, representam totens e muito simbolismo”, disse ela.
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