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Bahia ganha enoturismo como uma nova alternativa econômica



O mais novo produto do turismo baiano, o enoturismo, está sendo lançado neste sábado (11/10) pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria do Turismo do Estado (Setur), na região dos Lagos do São Francisco, incluindo os municípios de Juazeiro e Casa Nova, Paulo Afonso, Remanso, Santa Brígida, Curaçá e Sobradinho.

O governador Jaques Wagner, acompanhado por diversas autoridades, jornalistas nacionais e o trade turístico estão na Vinícola Ouro Verde para inaugurar o receptivo da Miolo e Lovara, em Casa Nova, que inclui salas de degustação e lojas de produtos associados ao vinho e visitação aos parreirais.

O objetivo é atrair um fluxo contínuo de visitantes que possa fomentar o desenvolvimento turístico desta região por meio do Roteiro do Vinho Nordestino. O secretário de Turismo, Domingos Leonelli, acredita que este novo produto turístico trará novas alternativas econômicas para o turismo em geral e, especificamente, para a comunidade carente do Velho Chico.

"Todos os agentes de uma cadeia produtiva estarão sendo beneficiados com o aumento do fluxo, pois a visitação gera empregos, implantação de novas pousadas e hotéis, aumento do número de vôos e rotas rodoviárias, produção artesanal, melhorias urbanas, atração de eventos, aumento de escolas e faculdades", explica Leonelli.

As empresas gaúchas Miolo e Lovara fizeram alto investimento e pretendem apostar ainda mais. "A beleza da região e sua vocação como produtora de vinhos finos a torna um ponto turístico potencial para o brasileiro e para os estrangeiros", afirma o sócio-proprietário da Vinícola Lovara, integrante da Miolo Wine Group, Eurico Benedetti.

Uma produção de vinhos jovens, que bateu recordes de comercialização no território nacional, seduziu parceiros estrangeiros e conquistou consumidores da França, Alemanha, República Tcheca e Estados Unidos.

Desde que o semi-árido baiano, às margens do Rio São Francisco, mostrou o seu grande potencial como produtor de frutas de boa qualidade, as uvas ganharam um papel de destaque junto aos compradores internacionais.

Hoje, a Vinícola Fazenda Ouro Verde, sede do projeto industrial destas duas empresas, desponta como o principal segmento do grupo na produção de vinhos jovens, brancos e tintos, e um promissor celeiro de produtos derivados, alvo, inclusive, de parcerias internacionais. O projeto vive agora um novo momento de ampliação para abrigar novas tecnologias, aumentar a capacidade instalada e diversificar a produção.

O complexo integra um investimento de R$ 30 milhões iniciado em 2001 que prevê a ampliação da capacidade da vinícola para 10 milhões de litros/ano. Serão gerados o todo 300 empregos, sendo 150 diretos e 150 indiretos.

Qualidade reconhecida - O alto teor de açúcar é a principal marca dos vinhos do Vale do São Francisco, característica provocada pela exposição ao sol durante mais de três mil horas por ano. A qualidade dos vinhos vem sendo reconhecida com a conquista de inúmeras medalhas de ouro e de prata em concursos nacionais e internacionais.

Os vinhos produzidos são Reserve Cabernet Sauvignon/Shiraz, Shiraz, Dry Muscat e Late Harvest e os espumantes Moscatel, Brut e Demi-sec. A região do Vele do São Francisco possui bons hotéis e vai ficar ainda melhor.

Segundo a presidente da Bahiatursa, Emília Salvador Silva, afirma que o Enoturismo é um segmento recente no turismo mundial. Surgiu em 1995 na Itália e se disseminou.

No Brasil existe o Vale dos Vinhedos, que alavancou o desenvolvimento no Rio Grande do Sul. Atualmente, o fluxo é de 130 mil turistas por ano, com toda a infra-estrutura necessária. "Aqui, nós faremos a mesma coisa", disse.

O Enoturismo permite aos visitantes aprender um pouco mais sobre a cultura do vinho, com visitas guiadas às unidades de produção. As uvas são típicas da região No Vale do São Francisco, as uvas são típicas da região, que engloba Bahia e Pernambuco. Estima-se que o fluxo turístico aumente para 5 mil pessoas por mês.